quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Arrependimento para Vida


“E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:18

Um dos maiores obstáculos que a religião cristã tenha alguma vez tido que suportar, foi o preconceito inveterado que se apoderou das mentes de seus primeiros seguidores. Os crentes judeus, os doze apóstolos e aqueles que Jesus Cristo havia chamado de entre os dispersos de Israel, estavam tão apegados à ideia de que a salvação era dos judeus, e que ninguém a não ser os discípulos de Abraão, ou, pelo menos, os circuncidados, podiam ser salvos, que não podiam aceitar a ideia de que Jesus tivesse vindo para ser o Salvador de todas as nações, e que Nele seriam benditos todos os povos da terra.
Com muita dificuldade podiam aceitar essa suposição; era tão oposta a toda sua educação judia, que os vemos convocando a Pedro para um concílio de cristãos, e perguntaram-lhe: “Por que entraste em casa de homens incircuncisos, e comeu com eles?” E Pedro não pode exonerar-se a si mesmo até não ter se referido plenamente ao assunto, e ter declarado que Deus lhe apareceu em uma visão, dizendo-lhe: “O que Deus purificou, não chame de incomum,” e que o Senhor lhe ordenou pregar o Evangelho a Cornélio e a sua casa, já que eram crentes.
Depois disso o poder da graça foi tão enorme, que esses judeus não puderam resistir-lhe mais; e mesmo que pese toda sua educação prévia, de imediato assumiram o principio compreensivo do cristianismo: “e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
Bendigamos a Deus porque agora estamos livres dos impedimentos do judaísmo, e porque tampouco estamos sob os impedimentos de um gentilismo, que por sua vez, excluiu aos judeus; mas que vivemos muito próximos do bem aventurando tempo que se aproxima, quando judeu e gentio, escravo ou livre, se sentirão um em Jesus Cristo, nossa Cabeça.
Não me proponho abundar sobre esse tópico, mas sim que meu tema no dia de hoje será: “O arrependimento para vida.” Peço graça a Deus para falar-lhes de tal maneira que Sua palavra seja como uma espada cortante “Que penetra até dividir alma e espírito, juntas e medulas
Por “arrependimento para vida”, creio que devemos entender aquele arrependimento que vai acompanhado de vida espiritual na alma, e que assegura a vida eterna a todo aquele que o possui. “O arrependimento para vida,” afirmo, traz consigo vida espiritual, ou melhor, é a primeira consequência procedente dessa vida.
Existem arrependimentos que não são sinais de vida – exceto de vida natural – porque só são efetuados pelo poder da consciência e a voz da natureza que fala nos homens; porem, o arrependimento de que se fala aqui, é produzido pelo Autor da vida, e quando vem, gera tal vida na alma que aqueles que estavam “mortos em delitos e pecados,” são revividos conjuntamente com Cristo; aqueles que não tinham receptividade espiritual, agora “recebem com mansidão a palavra implantada”; aqueles que “cochilavam no próprio centro da corrupção,” recebem o poder de se converterem em filhos de Deus, e de estar próximos de Seu trono.
Eu creio que esse é o “arrependimento para vida”: aquele arrependimento que dá vida a um espírito morto. Eu também disse que esse arrependimento assegura a vida eterna; pois existem arrependimentos dos quais os homem ouvem falar, que não asseguram a salvação da alma.
Alguns pregadores afirmam que ainda que os homens podem se arrepender e crer, também podem apostatar e perecer. Não pretendemos consumir nosso tempo fazendo uma consideração para expor seu erro agora; frequentemente consideramos isso antes, e temos refutado tudo o que poderiam dizer em defesa de seu dogma. Pensemos em um arrependimento infinitamente melhor.
O arrependimento de nosso texto não é esse arrependimento, mas sim, que é um “arrependimento para vida”; um arrependimento que é um verdadeiro sinal de salvação eterna em Cristo; um arrependimento que nos preserva em Jesus através desse estado temporal, e que quando tenhamos passado à eternidade, nos proporciona uma bem-aventurança que não pode ser destruída.
Arrependimento para vida” é a salvação real da alma, é o germe que contêm todos os elementos essenciais da salvação, que os guarda para nós, e que nos prepara para eles.
Nesse dia temos de prestar uma atenção, acompanhada de oração, ao “arrependimento” que é “para vida”. Primeiro, irei dedicar alguns minutos na consideração do arrependimento falso; em segundo lugar, irei considerar os sinais que caracterizam o verdadeiro arrependimento, e posteriormente, enaltecerei a caridade divina, do qual está escrito: “De maneira que também aos gentios, Deus deu arrependimento para vida.”

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