Aos olhos de Deus não há distinção de pessoas por status social, nacionalidade ou sexo.Aceite Jesus como Senhor e Salvador, ande reto aos olhos do Pai, e assim seja salvo.
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domingo, 18 de maio de 2014
GUIA PARA UMA ORAÇÃO FERVOROSA
Muito se tem escrito sobre o que é geralmente chamado de “a Oração do Senhor” (que eu prefiro denominar “a Oração Familiar”), e muito sobre a oração sacerdotal de Cristo em João 17; mas muito pouco sobre as orações dos apóstolos. Pessoalmente, não conheço nenhum livro devotado às orações apostólicas e, exceto por um livreto sobre as duas orações de Efésios 1 e 3, quase não há nenhuma exposição separada delas. Não é fácil explicar esta omissão. Poder-se-ia pensar que as orações apostólicas são tão cheias de doutrinas importantes e valores práticos para os fiéis que elas deveriam ter atraído a atenção daqueles que escrevem sobre temas devocionais.
Introdução
Embora muitos de nós depreciem muito os esforços daqueles que querem que creiamos que as orações do Antigo Testamento são obsoletas e inapropriadas para os santos da era do Evangelho, parece-me que até mesmo professores dispensacionalistas devem reconhecer e apreciar a peculiar propriedade para os cristãos das orações registradas nas Epístolas e no Livro de Apocalipse. Com exceção das orações de nosso Redentor, somente nas orações apostólicas os louvores e as petições são especificamente dirigidas ao “Pai”. De todas as orações da Escritura, somente estas são oferecidas em nome do Mediador. Além disso, somente nestas orações apostólicas encontramos as plenas respirações do Espírito de adoção.
Que benção é ouvir um santo idoso, que andou por muito tempo com Deus e desfrutou de íntima comunhão com Ele, derramar seu coração diante do Senhor em adoração e súplica. Mas quanto mais abençoados teríamos nos considerado se tivéssemos o privilégio de ouvir os louvores e apelos a Deus daqueles que haviam acompanhado Cristo durante os dias do Seu tabernacular entre os homens! E, se um dos apóstolos ainda estivesse aqui na terra, que grande privilégio consideraríamos ouvi-lo engajado em oração! Tão elevado, penso eu, que a maioria de nós estaria bem disposto a sofrer considerável inconveniência e a viajar por longa distância a fim de ser assim favorecido. E, se o nosso desejo fosse atendido, quão de perto ouviríamos às suas palavras, quão diligentemente procuraríamos entesourá-las em nossas memórias. Bem, nem tal inconveniência, nem tal jornada são necessárias. Aprouve ao Espírito Santo registrar certo número de orações apostólicas para a nossa instrução e satisfação. Será que evidenciamos nossa apreciação por tal dádiva? Será que já fizemos uma lista delas e meditamos sobre a sua importância?
Nenhuma Oração Apostólica em Atos
Na minha tarefa preliminar de examinar e catalogar as orações dos apóstolos registradas, duas coisas me impressionaram. A primeira observação veio como uma surpresa total, enquanto a segunda era totalmente esperada. O que pode nos impressionar como algo estranho – para alguns de meus leitores pode ser quase alarmante – é isto: o Livro de Atos, que fornece a maior parte da informação que possuímos a respeito dos apóstolos, não possui uma única oração deles em seus vinte e oito capítulos. Contudo, uma breve reflexão deve nos mostrar que esta omissão está em pleno acordo com o caráter especial do livro; pois Atos é muito mais histórico que devocional, consistindo mais em uma crônica do que o Espírito operou através dos apóstolos do que neles. Os feitos públicos dos embaixadores de Cristo são ali mais proeminentes do que seus exercícios privados. Certamente eles são apresentados como homens de oração, como se vê pelas suas próprias palavras: “Mas nós perseveraremos na oração, e no ministério da palavra” (At 6:4). Repetidamente os contemplamos engajados neste santo exercício (At 9:40; 10:9; 20:36; 21:5; 28:8), contudo não somos informados acerca do que diziam. O mais perto que Lucas chega de registrar palavras claramente atribuíveis aos apóstolos é em Atos 8:14, 15, mas até mesmo ai ele meramente nos dá a quintessência daquilo por que Pedro e João oraram. Considero a oração de Atos 1:24 como sendo dos 120 discípulos. A grande, a eficaz oração registrada em Atos 4:24-30 não é de Pedro e João, mas de toda a companhia (v. 23) que havia se reunido para ouvir o relato deles.
Paulo, um Exemplo na Oração
A segunda característica que me impressionou enquanto contemplava o tema que está prestes a nos envolver foi que a grande maioria das orações dos apóstolos registradas saíram do coração de Paulo. E isto, conforme dissemos, devia realmente ser esperado. Se alguém perguntasse por que isto é assim, várias razões poderiam ser dadas em resposta. Primeiro, Paulo foi, preeminentemente, o apóstolo dos gentios. Pedro, Tiago e João ministraram principalmente aos crentes judeus (Gálatas 2:9), os quais, mesmo em seus dias de inconversos, já estavam acostumados a curvar os joelhos diante do Senhor. Mas os gentios haviam saído do paganismo, e era apropriado que o pai espiritual deles também fosse seu exemplo devocional. Além disso, Paulo escreveu duas vezes mais epístolas inspiradas por Deus do que todos os outros apóstolos juntos, e ele deu expressão a oito vezes mais orações em suas Epístolas do que o restante em todas as suas outras. Mas trazemos especialmente à lembrança a primeira coisa que nosso Senhor disse acerca de Paulo após sua conversão: “eis que está orando” (At 9:11, itálicos meus). O Senhor Cristo estava, por assim dizer, dando a nota principal da subseqüente vida de Paulo, pois ele devia ser eminentemente distinguido como um homem de oração.
Não que os outros apóstolos estivessem vazios deste espírito. Pois Deus não emprega ministros negligentes na oração, visto que Ele não tem filhos mudos. “Clam[ar] a ele de dia e de noite” é apresentado por Cristo como uma das marcas distintivas dos eleitos de Deus (Lc 18:7, colchetes meus). Contudo, alguns dos Seus servos e alguns dos Seus santos têm permissão para desfrutar de mais próxima e mais constante comunhão com o Senhor do que outros, e tal era obviamente o caso (com exceção de João) com o homem que em certa ocasião foi até mesmo arrebatado ao Paraíso (2 Co 12:1-5). Uma medida extraordinária do “espírito de graça e de súplicas” (Zc 12:10) foi-lhe outorgada, de modo que ele parece ter sido ungido com aquele espírito de oração acima até dos seus companheiros apóstolos. Tal era o fervor do seu amor por Cristo e pelos membros do Seu Corpo místico, tal era a sua intensa solicitude pelo bem-estar e crescimento espiritual deles, que continuamente brotava de sua alma uma torrente de oração a Deus e de ação de graças em seu favor.
O Amplo Espectro da Oração
Antes de seguirmos adiante, deve-se assinalar que nesta série de estudos não proponho me confinar às orações petitórias dos apóstolos, mas antes tratar de uma variedade mais ampla. Na Escritura, oração inclui muito mais do que meramente tornar nossas petições conhecidas a Deus. Precisamos ser lembrados disto. Ademais, nós crentes precisamos ser instruídos em todos os aspectos da oração em uma época caracterizada pela superficialidade e ignorância da religião revelada por Deus. Uma Escritura chave que nos apresenta o privilégio de manifestar nossas necessidades diante do Senhor enfatiza isto mesmo: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fp 4:6; itálicos meus). A menos que expressemos gratidão pelas misericórdias já recebidas e demos graças ao nosso Pai por Ele nos conceder o favor contínuo de pedirmos a Ele, como podemos esperar ganhar o Seu ouvido e assim receber respostas de paz? Contudo, a oração, em seu sentido mais completo e elevado, vai além de ações de graças por dons concedidos: o coração é levado a contemplar o Próprio Doador, de modo que a alma se prostra diante dEle em culto e adoração.
Embora não devamos digressionar de nosso tema imediato e entrar no tema da oração em geral, deve-se assinalar que existe ainda outro aspecto que deveria ter precedência sobre a ação de graças e a petição, a saber, o aborrecimento próprio e a confissão de nossa própria indignidade e pecaminosidade. A alma deve lembrar-se solenemente de Quem é que ela se aproxima, ou seja, do Altíssimo, diante de quem os próprios serafins escondem seus rostos (Is 6:2). Embora a graça divina tenha tornado o cristão um filho, ele ainda é uma criatura, e como tal está a uma distância infinita e inconcebivelmente abaixo do Criador. Não é mais que apropriado que ele deva sentir profundamente esta distância entre si mesmo e seu Criador e reconhecer isto tomando o seu lugar no pó diante de Deus. Ademais, precisamos nos lembrar do que somos por natureza: não meramente criaturas, mas criaturas pecaminosas. Assim é preciso haver tanto um senso como um reconhecimento disto quando nos curvamos diante do Santo. Somente deste modo podemos, com algum sentido e realidade, pleitear a mediação e os méritos de Cristo como o fundamento de nossa aproximação.
Assim, falando genericamente, a oração inclui a confissão de pecado, petições pelo suprimento de nossas necessidades, e a homenagem de nossos corações ao Próprio Doador. Ou, podemos dizer que os ramos principais da oração são a humilhação, a súplica e a adoração. Por isso esperamos abranger dentro do escopo desta série não apenas passagens como Efésios 1:16-19 e 3:14-21, mas também versos singulares como 2 Coríntios 1:3 e Efésios 1:3. Que a cláusula “bendito seja Deus” é em si uma forma de oração fica evidente pelo Salmo 100:4: “Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome”. Outras referências poderiam ser dadas, mas que isto baste. O incenso que era oferecido no tabernáculo e no templo consistia de diversas especiarias combinadas (Êx 30:34, 35), e era a mistura de uma com a outra que tornava o perfume tão aromático e refrescante. O incenso era um tipo da intercessão de nosso grande Sumo Sacerdote (Ap 8:3, 4) e das orações dos santos (Ml 1:11). De modo semelhante deve haver uma mistura proporcional de humilhação, súplica e adoração em nossas aproximações do trono da graça; não de uma à exclusão das outras, mas uma combinação de todas elas.
Oração, um Dever Primário dos Ministros
O fato de tantas orações serem encontradas nas Epístolas do Novo Testamento chama a atenção para um aspecto importante do dever ministerial. As obrigações do pregador não estão plenamente cumpridas quando ele deixa o púlpito, pois ele precisa regar a semente que semeou. Em benefício dos pregadores novos, permita-me ampliar um pouco este ponto. Já foi visto que os apóstolos se devotavam “continuamente à oração, e ao ministério da palavra” (At 6:4), e através disso deixaram um excelente exemplo a ser observado por todos os que os seguem na vocação sagrada. Observe a ordem apostólica; porém, não apenas a observe, mas dê atenção e pratique-a. O sermão mais laboriosa e cuidadosamente preparado poderá cair sem unção sobre os ouvintes, a menos que tenha nascido do trabalho da alma diante de Deus. A menos que o sermão seja produto de diligente oração, não devemos esperar que desperte o espírito de oração naqueles que o ouvirem. Como foi assinalado, Paulo misturava súplicas com as suas instruções. É nosso privilégio e dever retirarmo-nos para o lugar secreto após deixarmos o púlpito, ali pedindo a Deus para escrever Suas Palavras nos corações daqueles que nos ouviram, para impedir o inimigo de arrebatar a semente, e para assim abençoar os nossos esforços para que dêem fruto para o Seu eterno louvor.
Lutero costumava dizer: “Há três coisas que fazem um pregador bem sucedido: súplica, meditação e tribulação”. Não sei que elaboração fez o grande Reformador. Mas suponho que ele queria dizer isto: que a oração é necessária para trazer o pregador a um plano apropriado para tratar de coisas divinas e para dotá-lo de poder divino; que a meditação na Palavra é essencial a fim de supri-lo de material para a sua mensagem; e que a tribulação é necessária como lastro para o seu navio, pois o ministro do Evangelho precisa de provas para mantê-lo humilde, assim como o Apóstolo Paulo recebeu um espinho na carne para que não se exaltasse indevidamente pela abundância das revelações concedidas a ele. Oração é o meio designado para receber as comunicações espirituais para a instrução de nosso povo. Devemos estar bastante com Deus antes de podermos estar aptos a ir e falar em Seu nome. Paulo, ao concluir sua Epístola aos Colossenses, informa-os acerca das fiéis intercessões de Epafras, um de seus ministros, que estava longe de casa visitando Paulo. “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus. Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós..." (Cl 4:12, 13a). Será que tal recomendação acerca de você poderia ser feita à sua congregação?
Oração, um Dever Universal Entre os Fiéis
Mas que não se pense que esta nítida ênfase das Epístolas indica um dever para os pregadores somente. Longe disto. Estas Epístolas são endereçadas aos filhos de Deus em geral, e tudo nelas tanto é necessário como apropriado para a sua caminhada cristã. Os fiéis também devem orar muito, não apenas por si mesmos, mas por todos os seus irmãos e irmãs em Cristo. Devemos orar deliberadamente de acordo com estes modelos apostólicos, pedindo as bênçãos particulares que especificam. De longo tempo me convenci de que não há melhor modo – nem modo mais prático, valioso e eficaz – de expressar solicitude e afeição pelos nossos santos irmãos do que trazendo-os diante de Deus pela oração nos braços de nossa fé e amor.
Estudando estas orações nas Epístolas e ponderando-as cláusula por cláusula, podemos aprender mais claramente que bênçãos deveríamos desejar para nós e para os outros, ou seja, os dons espirituais e graças pelos quais temos grande necessidade de sermos solícitos. O fato de que estas orações, inspiradas pelo Espírito Santo, tenham sido colocadas em registro permanente no Sagrado Volume declara que os favores particulares buscados aqui são aqueles que Deus nos concedeu a garantia de buscarmos e de obtermos dEle (Rm 8:26, 27; 1 Jo 5:14, 15).
Os Cristãos Devem se Dirigir a Deus como Pai
Concluiremos estas observações gerais e preliminares chamando a atenção para algumas das características mais definidas das orações apostólicas. Observe, então, a Quem estas orações são dirigidas. Embora não haja uma uniformidade rígida de expressão, e sim antes uma variedade apropriada neste particular, a maneira mais freqüente em que a Divindade é tratada é como Pai: “o Pai das misericórdias” (2 Co 1:3); “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 1:3; 1 Pe 1:3); “o Pai da glória” (Ef 1:17); “o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 3:14). Nesta linguagem vemos clara evidência de como os santos apóstolos tiveram cuidado com a injunção de seu Mestre. Pois quando Lhe fizeram o pedido, dizendo, “Senhor, ensina-nos a orar”, Ele respondeu assim: “Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus” (Lc 11:1, 2, itálicos meus). Isto Ele também lhes ensinou por meio do exemplo, em João 17:1, 5, 11, 21, 24 e 25. Tanto a instrução como o exemplo de Cristo foram registrados para o nosso aprendizado. Não somos relapsos acerca de quantos ilegítima e levianamente se têm dirigido a Deus como “Pai”, embora seu abuso não autorize a nossa negligência em reconhecer este bendito relacionamento. Nada é mais calculado para aquecer o coração e dar liberdade de expressão do que a percepção de que estamos nos aproximando de nosso Pai. Se recebemos, de verdade, “o Espírito de adoção” (Rm 8:15), não O extingamos, mas pelas Suas instigações clamemos: “Aba, Pai”.
A Natureza Breve e Definida da Oração Apostólica
A seguir, notamos sua brevidade. As orações dos apóstolos são breves. Não algumas, nem mesmo a maioria, mas todas elas são extremamente breves, a maioria delas contidas em apenas um ou dois versos, e a mais longa em apenas sete versos. Como isto censura as orações extensas, sem vida e fastidiosas de muitos púlpitos. Orações prolixas são geralmente ruidosas. Cito novamente Martinho Lutero, desta vez a partir dos seus comentários sobre a oração do Senhor, dirigidos a simples leigos:
Quando orares, que as tuas palavras sejam poucas, mas teus pensamentos e afeições muitos e, acima de tudo, que sejam profundos. Quanto menos falares melhor oras. ... A oração exterior e corporal é aquele sussurrar dos lábios, aquele balbucio exterior que passa sem nenhuma atenção, e que alcança os ouvidos dos homens; mas a oração em espírito e em verdade é o desejo, os movimentos, os suspiros interiores que surgem das profundezas do coração. A primeira é a oração dos hipócritas e de todos os que confiam em si mesmos: a última é a oração dos filhos de Deus, que andam em Seu temor.
Observe, também, a sua natureza definida. Ainda que extremamente breves, suas orações são muito explícitas. Não havia nenhuma desconexão vaga ou mera generalização, mas pedidos específicos por coisas definidas. Quanto fracasso existe neste ponto. Quantas orações já ouvimos que eram tão incoerentes e sem objetivo, tão carentes de razão e unidade, que quando se chegava no Amém mal podíamos nos lembrar de uma coisa pela qual se dera graças ou se fizera pedido! Apenas uma impressão turva permanecia na mente, e um sentimento de que o suplicante havia se engajado mais em uma forma de pregação indireta do que em oração direta. Mas examine qualquer uma das orações dos apóstolos e ficará claro, num piscar de olhos, que elas são como as de seu Mestre em Mateus 6:9-13 e João 17, compostas de adorações definitivas e petições nitidamente definidas. Não há nem moralismos nem expressão de banalidades piedosas, mas um manifestar diante de Deus de certas necessidades e uma simples petição pelo suprimento delas.
O Fardo e a Catolicidade das Orações dos Apóstolos
Considere também o fardo delas. Nas orações apostólicas registradas não há súplicas a Deus pelo suprimento de necessidades temporais e (sem uma única exceção) nem pedidos para que Ele se interponha em seu favor de um modo providencial (embora petições por estas coisas sejam legítimas quando mantidas na proporção apropriada às necessidades espirituais). Ao invés disso, as coisas pedidas são de natureza totalmente graciosa e espiritual: para que o Pai nos dê o espírito de entendimento e revelação no conhecimento de Si mesmo, os olhos de nosso entendimento sendo iluminados para que saibamos qual é a esperança do Seu chamado, as riquezas da glória da Sua herança nos santos, e a excedente grandeza do Seu poder para conosco, os que cremos (Ef 1:17-19); que Ele nos conceda, segundo as riquezas da Sua glória, que sejamos fortalecidos com poder pelo Seu Espírito no homem interior, para que Cristo habite em nossos corações pela fé, para que conheçamos o amor de Cristo que excede todo o entendimento, e sejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3:16-19); para que o nosso amor abunde cada vez mais, para que sejamos sinceros e sem escândalo, e sejamos cheios dos frutos de justiça (Fp 1:9-11); para que andemos dignos do Senhor agradando em tudo (Cl 1:10); para que sejamos em tudo santificados (1 Ts 5:23).
Note também a catolicidade delas. Não que seja mais errado ou não-espiritual orar individualmente por nós mesmos, do que é suplicar por misericórdias providenciais e temporais; refiro-me antes a dirigir a atenção para onde os apóstolos colocavam a ênfase deles. Apenas em uma encontramos Paulo orando por si mesmo, e raramente por indivíduos particulares (como se espera de orações que fazem parte do registro público da Sagrada Escritura, embora sem dúvida ele tenha orado muito em segredo por indivíduos). Seu costume geral era orar por toda a família da fé. Nisto ele adere estritamente à oração padrão entregue a nós por Cristo, na qual gosto de pensar como sendo a Oração Familiar. Todos os seus pronomes estão no plural: “Pai nosso”, “nos dá” (não apenas “me”), “perdoa-nos”, e assim por diante. Em consonância com isto, encontramos o Apóstolo Paulo exortando-nos a fazer “súplica por todos os santos” (Ef 6:18, itálicos meus), e em suas orações ele nos apresenta um exemplo disto mesmo. Ele pleiteava com o Pai para que a igreja efésia pudesse “compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento” (Ef 3:18; itálicos meus). Que corretivo para o egocentrismo! Se estou orando por “todos os santos”, incluo a mim mesmo.
Uma Omissão Surpreendente
Finalmente, permita-me assinalar uma omissão surpreendente. Se todas as orações apostólicas forem lidas atentamente, descobrir-se-á que em nenhuma delas é dado lugar algum àquilo que ocupa tanta proeminência nas orações dos arminianos. Nem uma vez encontramos pedido a Deus para salvar o mundo em geral, ou para derramar o Seu Espírito sobre toda a carne sem exceção. Os apóstolos nem mesmo oraram pela conversão de uma cidade inteira em que uma igreja cristã particular estivesse localizada. Nisto eles novamente se conformaram com o exemplo definido para eles por Cristo: “Não oro pelo mundo”, disse Ele, “mas por aqueles que me deste” (Jo 17:9). Caso se objete que o Senhor Jesus estava orando ali apenas pelos Seus apóstolos e discípulos imediatos, a resposta é que, quando Ele estendeu Sua oração para além deles, não foi pelo mundo que Ele orou, mas apenas pelo Seu povo fiel até o fim dos tempos (vede Jo 17:20, 21). É verdade que Paulo ensina “que súplicas, orações, intercessões, e ações de graças, sejam feitas por tod[as as classes de] homens; por reis, e por todos os que estão em eminência” (1 Tm 2:1, 2a, colchetes meus) – em cujo dever muitos são lamentavelmente remissos – porém não é pela sua salvação, mas “para que nóstenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (v. 2b, itálicos meus). Há muito a se aprender com as orações dos apóstolos.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Jesus nosso amigo
Jesus é o nosso Salvador, mas também nosso melhor amigo. Estando em comunhão com Ele entenderemos que: A amizade por Ele ofertada é um amor que nunca morre... Eterno!
Para conhecermos os amigos terrenos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.
Jesus é o amigo e a resposta para os nossos anseios. Mas não o procures para matar o tempo! Precisamos dEle todo o tempo de nossa existência, porque Ele é o Único que atende nossas necessidades e preenche o nosso vazio.
A melhor maneira de Religarmos a amizade com o Grande e Único Deus que um dia foi no Eden Desligada, é aceitar a Salvação prometida por Deus, Salvação esta que somente Jesus Cristo, O Amigo Verdadeiro pode ofertar. Portanto, não cabe ao homem desculpas para obter essa Salvação, pois a mesma é Gratuita.
Pergunta-se por que Jesus Cristo é o Verdadeiro Amigo? Porque, Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, te ama! Não somente ama, mas demonstrou isso oferecendo sua própria vida, derramando todo seu sangue em seu favor.... Ainda tens duvida do Grande Amor de Deus?
A Amizade com Deus propiciada por Cristo é um conforto indescritível, Ele nos tira de um Poço de Lama Podre, nos lava pelo seu Precioso Sangue e nos coloca em uma Rocha Firme em Total Segurança.
Quem perde seus bens materiais, perde muito; Quem perde a coragem, perde muito mais, porém quem perde a oportunidade de ter o Grande Salvador e Amigo, Jesus Cristo, perdeu absolutamente tudo.
Essa é uma lei que tem validade no campo espiritual e que vale a pena meditar nela: Devemos nos comportar com os nossos amigos do mesmo modo que gostaríamos que eles se comportassem conosco.
João. 15: 13-15
(V. 13) - Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus AMIGOS.
(V. 14) - Vós sereis meus AMIGOS, se fizerdes o que eu vos mando.
(V. 15) - Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado AMIGOS, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
domingo, 10 de março de 2013
John Harper, herói do Titanic
Pr.
JOHN HARPER – O ÚLTIMO HERÓI DO TITANIC
Enquanto
as águas escuras e geladas do Atlântico enchiam lentamente o convés
do Titanic, John Harper gritava: "Deixem as mulheres, crianças
e descrentes subirem nos barcos salva-vidas." Harper tirou seu
salva-vidas - a última esperança de sobrevivência - e o entregou a
outro homem. Depois que o navio desapareceu sob a água escura,
deixando Harper se debatendo nas águas geladas, ouviram-no
incentivando os que estavam à sua volta a confiar em Jesus Cristo.
Era
a noite de 14 de abril de 1912. uma noite de heróis, e John Harper
foi um deles. Apesar das águas que o tragavam serem extremamente
frias e do mar à sua volta estar escuro, John Harper deixou este
mundo numa resplandecente glória.
Os
atos de coragem de Harper foram espontâneos. Ele não tinha motivo
para imaginar que o Titanic afundaria, nem tempo para escrever um
roteiro. Uma revista comercial, The Shipbuilder, descreveu o Titanic
como "praticamente insubmergível". No dia 31 de maio de
1911, um empregado da Companhia de Construção Naval White Star
disse: "Nem mesmo o próprio Deus pode afundar esse navio".
O Titanic representava toda a segurança, elegância e confiança da
era vitoriana-edwardiana. A Associated Press era entusiasta do navio,
declarando: "Tudo que a riqueza e a habilidade modernas podiam
produzir estava incorporado no Titanic, o navio mais longo já
construído, com mais de 4 quadras de comprimento.., com acomodações
para uma tripulação de 860 pessoas e capacidade para 3.500
passageiros, ele foi construído com o mesmo cuidado dedicado aos
melhores cronômetros". A ostentação e o tamanho recorde do
Titanic impressionaram a era dourada da construção naval. Seus
motores de 50.000 HP que produziam a velocidade de 24 nós por hora
eram protegidos por dezesseis compartimentos estanques. Cada um era
protegido por estruturas de aço. Na época do seu lançamento, o
Titanic era o maior objeto móvel manufaturado do mundo. Depois de
fazer as duas primeiras paradas para passageiros e correio em
Cherbourg e Queenstown, Irlanda, os passageiros se sentiram ainda
mais seguros. Harper escreveu numa carta para seu amigo Charles
Livingstone antes de atracar em Queenstown, dizendo:
"Até agora a viagem é tudo que se pode desejar."
"Até agora a viagem é tudo que se pode desejar."
Às
11:40 da noite de 14 de abril de 1912, um iceberg rasgou o lado
estibordo do navio, jogando gelo por todo o convés e arrebentando
seis compartimentos estanques. O mar se infiltrou. A maioria dos
passageiros não acreditava que o Titanic afundaria até que a
tripulação começou a lançar foguetes de sinalização para o
alto. Charles Pellegrino disse: "A água brilhou por todos os
lados. Barcos salva-vidas podiam ser vistos nela... Naquele enorme
facho de luz artificial, as mentes também foram iluminadas. Todos
entenderam a mensagem dos foguetes por si próprios". Depois dos
foguetes, ninguém precisava ser convencido a entrar nos barcos
salva-vidas. De repente, quando a água alcançou a metade da ponte
de comando, um estrondo que parecia um milhão de pratos quebrando,
cortou a noite. Enquanto a popa do Titanic subia alto no céu para se
preparar para seu mergulho ao fundo do mar, um barulho terrível como
uma explosão abalou o ar da noite. Passageiros davam-se as mãos e
se jogavam na água. Às 2:20 da manhă o Titanic começou sua
descida lenta para o fundo do mar, deixando uma nuvem emergente de
fumaça e vapor acima do seu túmulo. Nas águas geladas do Atlântico
Norte, na calada da noite, o navio mais famoso do mundo terminou sua
primeira e última viagem, mas alcançou uma mística náutica que só
perde para a da arca de Noé. Tudo aconteceu tão rápido, que Harper
só pôde reagir. Sua reação deixou um exemplo histórico de
coragem e de fé. "Os heróis da humanidade", disse A. P
Stanley, "são como as montanhas, como os planaltos do mundo
moral". John Harper foi um desses heróis.
A
Parte Mais Difícil do Seu Heroísmo
Nunca
é fácil assumir tais ações heróicas, e para John Harper foi
excepcionalmente difícil. Sua filha pequena, Nana, estava viajando
com ele. Quatro anos antes, a mãe dela adoeceu e morreu. Agora,
Harper sabia, Nana ficaria órfã aos seis anos de idade.
Quando
o alarme indicou o fim do Titanic, Harper imediatamente entregou Nana
a um capitão do convés com ordens para colocá-la num barco
salva-vidas. Então ele saiu para socorrer os outros. Nana foi
resgatada e mandada de volta à Escócia, onde cresceu, casou-se com
um pastor, e dedicou toda a sua vida ao Senhor a quem seu pai tinha
servido.
Certa
vez, depois de Harper escapar por pouco de se afogar aos 26 anos, ele
disse: "O medo da morte não me preocupou em momento algum. Eu
acreditava que a morte súbita seria glória súbita, mas havia uma
menininha sem mãe em Glasgow". Agora, essa menininha ficaria
sem mãe e sem pai. Com certeza essa foi a parte mais difícil para
Harper.
O
Herói em Contraste
O
heroísmo altruísta desse escocês é acentuado pela conduta
contrastante de muitos colegas passageiros nessa viagem mortal.
Enquanto Harper entregava seu colete salva-vidas, um banqueiro
americano conseguiu colocar um cachorro de estimação num barco
salva-vidas, deixando 1.522 pessoas sem ajuda. Não havia um espírito
de "afundar com o navio". Dos 712 salvos, 189 eram,
inclusive, homens da tripulação. O coronel John Jacob Astor tentou
escapar com sua mulher num barco salva-vidas e foi detido pelo
segundo-oficial Charles Lightoller. Astor era o homem mais rico do
mundo, mas isso foi insuficiente para forçar a sua entrada num
simples barquinho salva-vidas. Daniel Buckley se disfarçou de mulher
na tentativa de conseguir um lugar no barco. Os passageiros da
primeira classe, no primeiro barco salva-vidas a ser baixado, se
recusaram a voltar e recolher pessoas que estavam se afogando, apesar
de haver espaço para muitos outros serem salvos. A Sra. Rosa Abbott,
a única mulher a afundar com o navio e sobreviver, disse que um
homem tentou subir nas suas costas forçando-a para baixo da água e
quase afogando-a.
O
Sr. Bruce Ismay, um dos donos do Titanic, diretor administrativo da
Companhia White Star e o responsável por não haver barcos
salva-vidas [suficientes] a bordo, tornou-se o marinheiro mais infame
desde o Capitão Bligh. Ele subiu num barco salva-vidas enquanto
centenas de mulheres permaneceram no navio condenado. O Capitão
Smith ordenou a seus homens: "Façam o melhor que puderem para
as mulheres e crianças, e cada um cuide de si". Ao mesmo tempo,
John Harper mandava os homens fazerem o que podiam para as mulheres e
crianças e cuidarem dos outros.
John Harper, herói do Titanic parte 2
A
Conversăo de John Harper
Ele
nasceu em Houston, Renfrewshire, no dia 29 de maio de 1872, e foi no
último domingo de março de 1886, quando tinha treze
anos
e dez meses de idade, que aceitou Jesus. Ele nunca foi um rapaz de
confusăo. Sua juventude desde a pré-adolescência foi moldada e
protegida por sua fé no Senhor Jesus Cristo. O amor de Deus foi
derramado no seu coraçăo, e permeou sua vida completamente,
formando seus pensamentos, induzindo à açăo no momento certo, e
preservando-o do mal que está neste mundo. Foi através de Joăo
3.16: "Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê năo pereça, mas tenha a vida eterna",
que
o caminho da salvaçăo ficou claro no seu coraçăo e na sua mente.
Esse tem sido o meio de iluminar multidơes. Foi o que o iluminou, e
o libertou do medo. "O
perfeito amor lança fora o medo".
Ele
recebeu a verdade por amá-la, e a verdade o libertou. Nas palavras
esclarecedoras daquele texto, ele viu Jesus como a dádiva de Deus
oferecida ao mundo inteiro, e, portanto, para ele corno habitante
deste mundo. Ele recebeu essa dádiva com açơes de graça, e uma
nova vida começou.
Aqueles
que dirigiam o culto em que ele aceitou o Salvador foram abençoados
com muitas conversơes, mas convertidos como John Harper săo raros.
As vezes há grande júbilo e muitos aleluias quando um pecador
notório se converte, mas, infelizmente, muitas vezes a alegria dura
pouco. Algumas pessoas por quem houve muito regozijo, mais tarde
provaram ser pouco confiáveis.
Năo
se sabe se houve alegria especial quando o menino do interior aceitou
Jesus naquela noite, mas depois que recebeu a Palavra, ele a guardou
num coraçăo sincero, e mais adiante deu frutos com paciência. A
palavra de Joăo 15.16 poderia se referir a ele: "eu
vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto,
e o vosso fruto permaneça".
Năo
é necessário que os homens tenham se afundado no pecado para terem
utilidade especial para Cristo depois que a graça redentora de Deus
os tenha alcançado. No exercício do seu ministério público, o Sr.
Harper jamais se afastou de Deus caindo profundamente em pecado.
Contudo, ele foi o instrumento de Deus para levar ao Salvador muitos
que estavam totalmente extraviados. Desde o começo ele foi
claramente, pela vontade de Deus, "um vaso para honra,
santificado, e adequado para o uso do Mestre".
E
para o louvor do Senhor que Deus pode e consegue mudar as vidas de
homens degradados e infames, dando-lhes um lugar de honra e distinçăo
na Sua obra. Mas as açơes malignas deles antes da conversăo, às
vezes, săo uma armadilha para eles depois da conversăo, ao invés
de um auxílio no serviço para Cristo. Uma vida pura antes da
conversăo é um recurso valioso.
A
Herança de Pais Tementes a Deus
John
Harper nasceu e foi criado num lar cristăo, como será relatado mais
tarde neste livro. Seus pais. pobres neste mundo, eram herdeiros do
Reino que Deus prometeu aos que O amam. Quanto mais lares cristăos,
melhor, năo só para a igreja, mas para a naçăo também. Ser
criado no cuidado e conselho do Senhor, num ambiente de oraçăo e de
reverência à Palavra de Deus, é ser selado na juventude com marcas
que săo de grande valor, apesar de ocasionalmente os resultados
esperados demorarem a aparecer.
Ser
criado no temor de Deus é uma herança de valor inestimável. Apesar
de ter sido num domingo à noite em março de 1886 que o menino de
quase quatorze anos aceitou a Cristo, havia todas as marcas dos anos
anteriores guardadas na sua mente jovem. Năo foi em văo que ele
ouviu durante esses anos marcantes as oraçơes e súplicas de seu
pai e a exposiçăo da Palavra de Deus naquele lar simples. A lenha
foi colocada na lareira do seu coraçăo, e eis que naquela noite de
domingo uma fagulha de amor divino caiu sobre ela, e a chama se
acendeu.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Arrependimento para Vida
“E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:18
Um dos maiores obstáculos que a religião cristã tenha alguma vez tido que suportar, foi o preconceito inveterado que se apoderou das mentes de seus primeiros seguidores. Os crentes judeus, os doze apóstolos e aqueles que Jesus Cristo havia chamado de entre os dispersos de Israel, estavam tão apegados à ideia de que a salvação era dos judeus, e que ninguém a não ser os discípulos de Abraão, ou, pelo menos, os circuncidados, podiam ser salvos, que não podiam aceitar a ideia de que Jesus tivesse vindo para ser o Salvador de todas as nações, e que Nele seriam benditos todos os povos da terra.
Com muita dificuldade podiam aceitar essa suposição; era tão oposta a toda sua educação judia, que os vemos convocando a Pedro para um concílio de cristãos, e perguntaram-lhe: “Por que entraste em casa de homens incircuncisos, e comeu com eles?” E Pedro não pode exonerar-se a si mesmo até não ter se referido plenamente ao assunto, e ter declarado que Deus lhe apareceu em uma visão, dizendo-lhe: “O que Deus purificou, não chame de incomum,” e que o Senhor lhe ordenou pregar o Evangelho a Cornélio e a sua casa, já que eram crentes.
Depois disso o poder da graça foi tão enorme, que esses judeus não puderam resistir-lhe mais; e mesmo que pese toda sua educação prévia, de imediato assumiram o principio compreensivo do cristianismo: “e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.”
Bendigamos a Deus porque agora estamos livres dos impedimentos do judaísmo, e porque tampouco estamos sob os impedimentos de um gentilismo, que por sua vez, excluiu aos judeus; mas que vivemos muito próximos do bem aventurando tempo que se aproxima, quando judeu e gentio, escravo ou livre, se sentirão um em Jesus Cristo, nossa Cabeça.
Não me proponho abundar sobre esse tópico, mas sim que meu tema no dia de hoje será: “O arrependimento para vida.” Peço graça a Deus para falar-lhes de tal maneira que Sua palavra seja como uma espada cortante “Que penetra até dividir alma e espírito, juntas e medulas”
Por “arrependimento para vida”, creio que devemos entender aquele arrependimento que vai acompanhado de vida espiritual na alma, e que assegura a vida eterna a todo aquele que o possui. “O arrependimento para vida,” afirmo, traz consigo vida espiritual, ou melhor, é a primeira consequência procedente dessa vida.
Existem arrependimentos que não são sinais de vida – exceto de vida natural – porque só são efetuados pelo poder da consciência e a voz da natureza que fala nos homens; porem, o arrependimento de que se fala aqui, é produzido pelo Autor da vida, e quando vem, gera tal vida na alma que aqueles que estavam “mortos em delitos e pecados,” são revividos conjuntamente com Cristo; aqueles que não tinham receptividade espiritual, agora “recebem com mansidão a palavra implantada”; aqueles que “cochilavam no próprio centro da corrupção,” recebem o poder de se converterem em filhos de Deus, e de estar próximos de Seu trono.
Eu creio que esse é o “arrependimento para vida”: aquele arrependimento que dá vida a um espírito morto. Eu também disse que esse arrependimento assegura a vida eterna; pois existem arrependimentos dos quais os homem ouvem falar, que não asseguram a salvação da alma.
Alguns pregadores afirmam que ainda que os homens podem se arrepender e crer, também podem apostatar e perecer. Não pretendemos consumir nosso tempo fazendo uma consideração para expor seu erro agora; frequentemente consideramos isso antes, e temos refutado tudo o que poderiam dizer em defesa de seu dogma. Pensemos em um arrependimento infinitamente melhor.
O arrependimento de nosso texto não é esse arrependimento, mas sim, que é um “arrependimento para vida”; um arrependimento que é um verdadeiro sinal de salvação eterna em Cristo; um arrependimento que nos preserva em Jesus através desse estado temporal, e que quando tenhamos passado à eternidade, nos proporciona uma bem-aventurança que não pode ser destruída.
“Arrependimento para vida” é a salvação real da alma, é o germe que contêm todos os elementos essenciais da salvação, que os guarda para nós, e que nos prepara para eles.
Nesse dia temos de prestar uma atenção, acompanhada de oração, ao “arrependimento” que é “para vida”. Primeiro, irei dedicar alguns minutos na consideração do arrependimento falso; em segundo lugar, irei considerar os sinais que caracterizam o verdadeiro arrependimento, e posteriormente, enaltecerei a caridade divina, do qual está escrito: “De maneira que também aos gentios, Deus deu arrependimento para vida.”
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domingo, 30 de dezembro de 2012
25 Marcas de um Cristão Desviado
Cuidado com o Desvio
Eu não ouço falar muito sobre o perigo do “desvio” hoje em dia. Parece que isso é algo com que meus amigos e eu nos preocupávamos 20 anos atrás. Nós falávamos sobre isso, orávamos contra isso, e procurávamos manter Jesus sempre diante de nós como nossa grande esperança e satisfação. A preocupação não era com cair totalmente fora do mapa espiritual, negando Jesus e mergulhando em pecados escandalosos, mas nós sabíamos que de fato temos corações que são, como o hino diz, “inclinados a se desviar”. E eu não sou melhor hoje do que era naquele tempo.
Se há uma consideração particularmente humilhante para um crente com uma mente espiritual, é que, depois de tudo o que Deus fez por ele – depois de todas as ricas demonstrações de sua graça, a paciência e ternura de suas instruções, a repetida disciplina de sua aliança, os emblemas de amor recebidos, e as lições da experiência aprendidas –, ainda existe no coração um princípio, uma tendência para um secreto, perpétuo e alarmante afastamento de Deus.”
– Octavius Winslow, Personal Declension
– Octavius Winslow, Personal Declension
Mas mesmo que reconheçamos que permanecemos pecadores e que podemos nos encontrar em um perigoso estado espiritual, acaso sabemos como se parece esse estado? Não estou bem certo disso. Alguns o assemelham a um fracasso público, e isso os deixa pensando que estão seguros quando, na verdade, podem estar em um caminho muito ruim. No clássico Vital Godliness (Piedade Vital), William Plumer diz: “Muitos são impedidos de vencer seus desvios porque são misericordiosamente guardados de pecados abertos. Se eles tivessem publicamente caído em manifesta iniquidade, eles ficariam vermelhos de vergonha; eles lamentariam sua perversidade diante de Deus e dos homens. Mas, por enquanto, é tudo segredo. Eles são meramente desviados no coração”.
Como se Parece o Desvio?
No seu livro, Revival (Avivamento), Richard Owen Roberts apresenta 25 evidências de uma condição desviada. Ele elabora cada uma delas, mas eu vou apenas dar-lhe os pontos aqui. Considere-os seriamente.
1. Quando a oração deixa de ser uma parte vital de uma vida cristã professa, o desvio está presente.
2. Quando a busca pela verdade bíblica cessa e a pessoa se torna contente com o conhecimento de coisas eternas já adquirido, não pode haver dúvida quanto à presença do desvio.
3. Quando o conhecimento bíblico possuído ou adquirido é tratado como um fato externo e não aplicado internamente, o desvio está presente.
4. Quando pensamentos ardentes sobre as coisas eternas deixam de ser regulares e consumidores, isso deveria ser como um sinal de alerta para o desviado.
5. Quando os cultos da igreja perdem seu deleite, uma condição de desvio provavelmente existe.
6. Quando discussões espirituais profundas são um constrangimento, há certamente uma evidência de desvio.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
O EVANGELHO DE JESUS CRISTO
O meu desejo para vocês não é que vocês se tornem mais inteligentes, mas que se tornem mais devotos, não a coisas pequenas como missões ou algumas verdades, mas a pessoa de Jesus Cristo e o que Ele fez por você. É tudo sobre Cristo, do começo ao fim. Não busque sua satisfação no ministério pastoral ou em missões. Eles não o satisfarão. Cristo o satisfará. Busque a Cristo!
Estude as Escrituras no contexto da história cristã. A sabedoria não nasceu com você e não morrerá com você. Não menospreze aqueles que vieram antes de você. Alguns acreditam que são como uma ilha, como se seu cristianismo não dependesse de dois mil anos de história cristã.
Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1Co 15:1-4)
Perceba que neste texto, Paulo lembra os cristãos de Coríntios do Evangelho. Hoje em dia, muitos veem a Jesus e o Evangelho como um momento único, como uma vacina, uma oração. O Evangelho não é algo pequeno que você vê no começo da sua vida cristã, mas algo que você deve lembrar-se todos os dias. E é disso que o Brasil, os EUA e toda nação da terra precisam. O Brasil precisa de um povo que entenda o Evangelho de tal maneira que não necessite nem queira nada além do que Cristo.
Você precisa ter uma consciência profunda do imenso amor de Cristo e dos horrores do pecado para viver a vida cristã. Santificação é quando o amor de Deus através de Cristo e do Evangelho tomam você de tal forma que você vive de forma a pertencer a Deus – e você ama pertencer a Ele.
Nós precisamos de pregadores que vivem diante de Deus, em seus joelhos, que conhecem a Deus não somente como verdades proposicionais. Nós precisamos, sim, de mestres, mas precisamos de mestres pegando fogo. Se você deixar a oração de lado, o que você tem na pregação não é nada além de pó. Jovem, saiba: homens de Deus nascem de joelhos. Eu vejo tantos homens em tantas atividades, mas onde estão os homens de oração?
Pare de dizer que seu problema é sua fraqueza. O problema não é a sua fraqueza, o problema é que você não reconhece a sua fraqueza a ponto de se lançar diante de Deus em oração e leitura da Bíblia. A fraqueza faz par a providência de Deus na vida do crente para que nos apeguemos a Cristo.
A evidência de que você recebeu a Cristo é que você continua vivendo uma vida de fé e arrependimento. O Senhorio de Cristo tem se tornado mais real na sua vida?
O que você precisa para viver sua vida cristã
é uma visão de Deus mais alta, poderosa e limpa,
uma compreensão sobre a terrível vida à parte de
Cristo e uma apreensão das glórias de Deus na obra
de Cristo. Você precisa de uma visão alta de Deus, uma
visão baixa do homem e uma visão gloriosa do Evangelho.
é uma visão de Deus mais alta, poderosa e limpa,
uma compreensão sobre a terrível vida à parte de
Cristo e uma apreensão das glórias de Deus na obra
de Cristo. Você precisa de uma visão alta de Deus, uma
visão baixa do homem e uma visão gloriosa do Evangelho.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
PALAVRA DA CRUZ
LOUCURA DA PREGAÇÃO
1 Coríntios 1.18-25 – “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”.
O que é mais desprezível do que uma pessoa louca? Ontem estava no Banco do Brasil e um senhor se aproximou e começou a falar de si e de acontecimentos de sua vida. Logo todos percebemos que aquele homem não estava muito bem. Um comportamento comum a todos nós foi não dar muita atenção a ele, pois ele se exaltava a cada momento. Todos optaram por deixá-lo falar sozinho. A realidade é que nenhum de nós estava disposto a perder tempo ouvindo coisas desagradáveis e inúteis provinda da boca de alguém que está mentalmente desequilibrado.
Mas o louco não deve ser desprezado todo o tempo. Pode acontecer de um louco te alertar para verdades importantes que nunca tinham passado por sua cabeça. “Um motorista se viu em aperto quando o pneu de seu carro caiu em frente a um sanatório. Ele desceu do carro e percebeu que o problema ocasionou porque os parafusos da roda caíram. Ele olhou para todos os lados e não havia ninguém para ajudá-lo. Só havia um louco que o observava, grudado no portão do sanatório. Desolado o motorista resmungou em voz alta dizendo que estava perdido. O louco lhe disse: Moço, pega um parafuso de cada uma das outras três rodas e cada uma das rodas terá três parafusos. Dá para você ir embora. O motorista, admirado, disse ao louco: Você não é louco? – Eu sou! Mas como pode solucionar esse problema assim? – É que eu sou só louco…!
O estudo de hoje mostra o caminho usado por Deus para transmitir ao mundo a Sua mensagem salvadora. Qualquer um que quisesse ensinar algo importante escolheria as formas mais aceitas pela sociedade, mas Deus usou as coisas loucas do mundo para mostrar ao mundo que Ele é o Salvador. Ele usou o método mais controvertido para dificultar a aceitação da salvação que ele mesmo oferecia. Aqueles que crêem o fazem usando o caminho mais cheio de espinhos e pedregulhos. Os caminhos asfaltados são os caminhos da mentira, travestida de verdade fácil. Para caminhar no caminho da mentira é fácil e não requer luta pessoal e muito menos exige da pessoa que gaste muita energia mental. Mas para seguir a verdade e encontrar a salvação é necessário caminhar pelos caminhos mais difíceis e que irão requerer de você uma luta constante, pois a vontade de desistir e de duvidar sempre estará diante de ti.
O título dessa perícope é “A Mensagem da Cruz”. Depois de Paulo mostrar que o Povo de Deus é especial; que ao aceitar a graça de Deus a pessoa passa a vivenciar os efeitos da graça em sua vida; de mostrar que a Igreja do Senhor não foi criada para se dividir; e que, quando alguém estiver vivendo no erro é necessário que se faça denúncia usando métodos específicos para que haja correção na igreja, Paulo agora vai mostrar aos crentes o teor da mensagem que ele oferecia à igreja. Era uma mensagem que o mundo acharia LOUCA.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Pastor sentenciado a morte
Pastor Yousef Nadarkhani se recusou a negar sua fé em Jesus Cristo ontem na quarta e última audiência em um tribunal no Irã. Pastor Yousef foi condenado pelo crime de apostasia (abandonar o islamismo) e sentenciado a morte por enforcamento.
Nadarkhani, de cerca de 30 anos, tornou-se pastor de uma pequena comunidade evangélica chamada de Igreja do Irã após se converter do Islã aos 19 anos.
Autoridades iranianas o prenderam por apostasia em 2009 e o condenaram à morte sob a lei islâmica da Sharia.
O pastor foi poupado por um recurso da Suprema Corte em julho, afirmou seu advogado à AFP, mas foi condenado à morte novamente depois que o caso foi reexaminado em um tribunal de sua cidade natal, Gilan, de acordo com meios de comunicação locais.
O pastor Yousef enfrentou duas “audiências’ nos dias 27 e 28 de setembro onde o mesmo teria a oportunidade de negar a sua fé cristã e declarar retorno ao Islã. Fontes informam que o pastor se negou a fazer isto e reafirmou a sua confissão cristã.
O Pastor Yousef Nadarkhani se recursou a negar sua fé em Jesus Cristo
ontem na quarta e última audiência em um tribunal no Irã. Pastor Yousef
foi condenado pelo crime de apostasia (abandonar o islamismo) e
sentenciado a morte por enforcamento.O tribunal onde estão sendo realizados os julgamentos está cercado por forças de segurança desde que começaram as audiências do pastor. O tribunal concedeu a Yousef três chances para que ele pudessem se retratar, negar o cristianismo e voltar ao Islã. Somente dessa maneira ele poderia ter sua vida poupada. Mas em todos os casos, ele se recusou a negar a Cristo.
“Estou em contato com o Irã”, disse uma fonte próxima a família do pastor. “Mas as notícias não são muito boas, mas vamos esperar. Se eles realmente quiserem, eles podem matá-lo porque ele se recusou a negar sua fé. Deixamos tudo nas mãos de Deus.”
terça-feira, 28 de junho de 2011
Se Jesus é quem nos salva hoje, como ficam todos os que morreram antes de Jesus?
A História da Salvação no Antigo Testamento
Como se une a Bíblia como um todo? Os eventos bíblicos ocorreram num espaço de milhares de anos e em diferentes culturas. Como unificaríamos isso tudo em um só tema?
Um dos temas unificadores da Bíblia é a autoridade divina. Todos os livros da Bíblia são palavra de Deus. Os eventos bíblicos estão lá por causa da vontade de Deus e ele os tem colocado para instrução do seu povo: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Rom. 15:4).
O Plano de Deus para a História
A Bíblia também deixa claro que Deus tem um plano unificado para a história. O Seu propósito final, um plano para a “plenitude dos tempos”, é ”reunir todas as coisas em Cristo, no céu e na terra” (Ef. 1:10), “para louvor da sua glória” (Ef. 1:12). Deus tem seu plano desde o começo: “Lembrai-vos das coisas antigas; Eu Sou Deus e não há outro, que declaro o fim desde o começo, desde os tempos antigos”. “Meu conselho subsistirá” (Isaías 46:9–10). “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gal. 4:4–5).
A obra de Cristo na terra, e especialmente sua crucificação e ressurreição, é o clímax da história; é o grande centro no qual Deus consuma a salvação para a qual toda a história do AT se direciona, cumprindo as promessas feitas através do Antigo Testamento. A era presente olha para a obra completada de Cristo, mas também para a consumação de sua obra quando vier o tempo dos “novos céus e nova terra em que habita a justiça” (2 Pe. 3:13; Ap. 21:1–22:5).
O plano unificado de Deus o levou a incluir promessas e predições ao longo dos tempos passados, e cumpri-las mais tarde. Às vezes as promessas são explícitas, como quando promete a vinda do Messias (Isaías 9:6–7). Às vezes elas são simbólicas, como quando ele determina que animais sejam sacrificados como símbolo do perdão dos pecados (Lev 4). Em si mesmo, o sacrifício não perdoava pecados (Heb. 10:1–18). Eles apontavam para Cristo.
Cristo no Antigo Testamento
Como o plano de Deus é para Sua glória, focalizando-se em Cristo (Ef. 1:10), é natural que as promessas do Antigo Testamento apontassem para Cristo, “Pois todas as promessas de Deus têm nele o sim” (2 Cor. 1:20). Quando Cristo apareceu aos discípulos depois de sua ressurreição, ele os fez perceber que ele mesmo (Cristo) estava nas Escrituras: E ele lhes disse:
Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. (Lc 24:25–27, 44-47)
Quando a Bíblia diz que “abriu seus olhos para entender as Escrituras” (Lc 24:45), não quer dizer simplesmente que Cristo mostrou a eles umas poucas predições acerca de si mesmo como Messias.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
ARREPENDA-SE
João Batista, a voz do que clama no deserto, pregava dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus”.
João Batista também dizia para produzirmos frutos dignos de arrependimento.
Segundo o dicionário, arrependimento é a insatisfação causada por violação de lei ou de conduta moral, e que resulta na livre aceitação do castigo e na disposição de evitar futuras violações.
Arrependimento não é peso na consciência.
A conversão verdadeira é provada e COMPROVADA através do arrependimento.
Arrependimento, do grego metanóia, significa voltar-se ao contrário, dar uma volta completa.
Significa também mudança de atitude mental ou de propósito.
Arrependimento não é remorso. Arrependimento não é sentimento de culpa.
Uma pessoa pode até se entristecer sem estar arrependida, como foi o caso de Judas. (Mateus 27:3-5).
Porém, o verdadeiro arrependimento sempre vem acompanhado por tristeza. (Salmos 51:17).
O arrependimento se inicia quando há reconhecimento do pecado. O primeiro passo do arrependimento é quando se compreende que algo está errado.
Despertamos para a verdade de que nossa situação está comprometendo nossa comunhão com Deus.
Arrependimento é mudança de vida, é a saída das trevas e o caminho na luz; é andar em santidade e abominar o pecado; é dizer não aos seus desejos mais profundos, e dizer sim para Deus, constantemente.
Jesus, após João Batista ser preso, conforme Mateus 4:17, começou a pregar e a dizer “arrependei-vos porque está próximo o Reino dos céus”.
Os Apóstolos também pregavam o arrependimento: “Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse”. Quando Jesus enviou seus discípulos, disse-lhes que deveriam pregar em seu nome o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.
Jesus usou muito a expressão “arrependam-se” em suas pregações, como forma de avisar e orientar sobre a necessidade real de mudança de vida.
Arrependam-se, porque perto está a hora em que Deus se levantará em Glória, poder e majestade e todos o verão e dirão “Santo, Santo, Santo é o Senhor Todo Poderoso”.
Arrependam-se, porque perto está a hora em que não poderão mais se arrepender.
Arrependam-se, porque perto está a hora em que todo o pecado será julgado, e com ele o pecador.
Romanos 3:23-24 diz: “pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.”
Temos que aceitar Jesus como nosso Salvador da penalidade do pecado, e como Senhor de nossa vida.
Aceitando Jesus como Senhor e Salvador, temos de ter a convicção de que as coisas velhas se passaram, e que tudo se fez novo.
Temos de trilhar um caminho de purificação mental, santificação e busca incessante da presença de Deus em nossas vidas.
Jesus virá buscar sua igreja e, se você não tiver tido um verdadeiro arrependimento, uma nova vida em santidade, uma verdadeira conversão, você irá ficar.
A parte mais difícil foi feita, e essa parte foi feita por Jesus, sofrendo por você na cruz.
E a sua parte, quando vai ser feita?
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