sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

História da Igreja Parte 01.

Amados irmãos, como estarei postando em breve alguns assuntos relacionados a diversas religiões, nada mais justo do que postar primeiramente alguns estudos relacionados a história da Igreja. Viajem no tempo, e façam uma reflexão de como começou a Igreja, como ela se desvirtuou dos ensinos de Jesus, e como ela retomou o rumo, através do "Protestantismo".


A ORIGEM DA IGREJA

A igreja de Cristo sempre existiu na mente e coração do Pai, desde antes da fundação do universo.

Efésios 1 : 4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;

I Pedro 1 : 20 O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;

O Novo Povo de Deus:

Surgiu dentro do antigo povo e como cumprimento das profecias do Antigo Testamento.



No princípio a igreja é considerada como uma seita do judaísmo. At:24:5; 28:22. Há um sobrepor dum sobre o outro. A igreja é formada dentro do ventre de Israel. Embora nasce a Igreja em At:2, ela já está em formação desde o nascimento de Jesus 33 anos antes. Assim os dois tem vida própria e cedo distinguem-se um do outro, embora ambos são chamados "o povo de Deus".

A igreja distingue-se de Israel de várias maneiras, sendo que estas características estão prefiguradas no Antigo Testamento: Ela é o corpo de Jesus Cristo neste Mundo. Seus símbolos (batismo e ceia) são baseados no evento realizado uma vez para sempre na morte de Jesus. Ela é universal, sem nenhuma base em raça ou cultura.

Em uma ordem lógica, podemos admitir que : Deus fundou a Igreja, Jesus Cristo formou a Igreja e o Espírito Santo confirmou a Igreja. Assim, o projeto no coração de Deus, a formação pelo ministério de Cristo e a confirmação, no dia de Pentecostes, pelo poderoso derramamento do Espírito Santo.

A FUNDAÇÃO DA IGREJA

Efésios 3 : 9 E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;

A Igreja que antes era um mistério " oculto em Deus " fora revelada em Cristo, tornando-se o " segredo de Deus " conhecido aos homens. A expressão " oculto em Deus " indica que a igreja esteve sempre na mente de Deus, e vindo a ser conhecida pelo ministério terreno de Jesus Cristo e o Espírito Santo.

A Igreja de Deus, começou a formar e revelar-se no tempo, quando João Batista disse; Eis o Cordeiro de Deus. João 1:36.

O NASCIMENTO DA IGREJA

A Igreja de Cristo iniciou sua história com um movimento de âmbito mundial, no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após a ressurreição, e dez dias depois da ascensão do Senhor Jesus Cristo.

Na manhã do dia de Pentecostes.

- 120 seguidores de Jesus oravam reunidos

- Línguas de fogo desceram sobre eles

- Falaram em outras línguas

O tríplice efeito do Pentecostes

- Iluminou a mente dos discípulos

- Compreenderam que o Reino não era político

- Deveriam estar totalmente na dependência do espírito Santo

A PLENITUDE DO TEMPO

Gálatas 4 : 4 Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

A Palestina onde o cristianismo deu seus primeiros passos ocupava uma posição geográfica privilegiada pois ocupava uma área onde era a encruzilhada das grandes rotas comerciais que uniam o Egito à Mesopotâmia, e a Arábia com a Ásia Menor. Por isso vemos na história descrita no Velho Testamento, esta área tão cobiçada sendo invadida por vários impérios.

A língua predominante na época era o grego. Uma língua universal, apesar do império dominante ser o império Romano, que unia em um só governo boa parte do mundo conhecido. Era um governo pacífico e próspero e suas cidades estavam em progresso e viajar não era mais difícil pois muitas estradas foram construídas.

Apesar de haver muitas religiões e filosofias ( A política dos romanos era, em geral, tolerante em relação a religião e aos costumes dos povos conquistados. ) o mundo estava vazio espiritualmente, Assim o mundo estava pronto para a recepção de uma nova religião.

Jesus nasceu dentro deste contexto e que biblicamente se conhece como "plenitude dos tempos" Gl:4:4-5. A igreja, respondendo às ansiedades da época com a revelação de Deus em Jesus, conseguiu rapidamente conquistar o Império.

A "plenitude do tempo" não quer dizer que o mundo estivesse pronto a se tornar cristão, mas quer dizer que, nos desígnios de Deus, havia chegado o momento de enviar o seu filho ao mundo.

A IGREJA APOSTÓLICA



O CRESCIMENTO DA IGREJA

Atos 5 : 14 E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.

Atos 6 : 7 E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.

A arma usada pela igreja, através da qual a igreja crescia demasiadamente, era o testemunho de seus membros. Enquanto aumentava o número de membros aumenta o número de testemunhas, pois cada membro era um mensageiro de Cristo.

Os motivos desse crescimento foram :

- Perseveravam na doutrina dos apóstolos

- Perseveravam na comunhão e partir do pão

- Perseveravam na oração

- Possuíam temor

- Muitos sinais e maravilhas se faziam

- Muita alegria e sinceridade

Atos 2 : 41 - 47

A Igreja Pentecostal era uma igreja poderosa na fé e no testemunho, pura em seu caráter, e abundante no amor. Entretanto, o seu defeito era a falta de zelo missionário. Foi necessário o surgimento de severa perseguição, para que se decidisse a ir a outras regiões.

A EXPANSÃO DA IGREJA

Atos 8 : 4 Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.

Na perseguição iniciada com a morte de Estevão, a igreja em Jerusalém dispersou-se por toda a terra. Alguns chegaram até Damasco e outros até a Antioquia. Por qual motivo sobreveio então as perseguições ?

Marcos 16 : 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

A partir desta perseguição, os cristãos fugiam, porém pregavam o evangelho e testemunhavam das maravilhas que Jesus operava.

Os primeiros agentes da expansão missionária provavelmente foram os convertidos do dia de Pentecostes (At:2:9-11) que levaram o evangelho consigo quando voltaram para casa. As regiões alistadas no texto já indicam a larga gama de países do mundo de então.



Uma segunda leva de "missionários" foram aqueles que foram espalhados por toda parte na perseguição que seguiu o martírio de Estevão At:8:4. Estes foram pregando na Fenícia, no Chipre e na Antioquia, mas sempre aos helenistas. Um dos convertidos de Chipre e de Cirene (Líbia) pregaram aos helenos (gregos) em Antioquia. Como resultado da evangelização do eunuco por Filipe surgiu a Igreja na Etiópia: At:8:26-39.



No período apostólico de expansão do evangelho, o NT relata a presença de crentes nos seguintes lugares sem nos indicar quem o levou ou como ouviram: Roma, Bitínia, Mísia, Pontus, Capadócia (1aPe1:1), Tiro, Sidom, Puteoli (perto de Nápoles). Tudo isso parte da obra missionária paulina.



Expansão no Império Romano Leste



Nos dados fragmentários que temos podem ser observado algumas regiões. Na Fenícia a fé cedo parece ter sido mais forte do que na própria Palestina. Entretanto é provável que aqui, como em quase todo o império, o cristianismo era um fenômeno urbano, desenvolvendo-se especialmente nas cidades costeiras. Tiro possuía uma igreja muito forte.



Na Síria se desenvolveu duas comunidades cristãs: a de fala grega que teve seu início em Antioquia e que se expandiu nas comerciais às cidades de fala grega na Síria. Embora a igreja de Antioquia possa ter sido bilíngüe desde cedo, a comunidade de fala siríaca teve seu núcleo principal ao leste na cidade de Edessa. Foi daqui que expandiu o cristianismo siríaco. A força da igreja na Síria pode ser constatada pela presença de 20 bispos seus no Concílio de Nicéia em 325.



Na Ásia Menor, foi área de trabalho de pelo menos dois apóstolos, Paulo e João, o cristianismo tinha sido adotado mais largamente do que qualquer outra região grande do Império até o fim do III século. Seu crescimento maior parece ter sido nas cidades onde a cultura local estava desintegrando-se diante do impacto da cultura que chegava, a cultura greco-romana. Nas cidades helênicas era menor e nas cidades onde a educação helenista era desconhecida era quase inexistente.. A carta de Plínio ao imperador Trajano na segunda década do II século atesta a larga expansão do cristianismo nas cidades e até no quadro rural de Bitinia.



Expansão no Império Romano Africano



Quanto ao Egito a tradição faz de Marcos o missionário que lá plantou o evangelho.

Sabemos que Apolo era de Alexandria, mas não sabemos se converteu-se lá ou se voltou para lá após sua conversão. Até o fim do segundo século a igreja já estava forte. Já incluía várias linhas teológicas, das quais uma das mais fortes foi o gnosticismo. Já neste período traduções de porções das Escrituras foram feitas em línguas indígenas dando condições para o desenvolvimento da Igreja Copta.

Na costa do norte da África o cristianismo se alastrou cedo especialmente nas regiões da Líbia, Tunísia, e Algeria. O progresso do cristianismo nesta região parece ter sido muito rápido, especialmente no III século. É de aqui que surgiu Tertuliano, Cipriano e, mais tarde, Agostinho. A igreja parece ter sido mais forte nas cidades e entre a população que falava latim.



Expansão no Império Romano Europeu.



Na Itália, o evangelho chegou a Roma antes de Paulo, mas talvez não muito antes da agitação que resultou na expulsão dos judeus sob Cláudio (41-54) por causa dum certo "Chrestus. Cf. At:18:1-3. Até 250 a igreja em Roma cresceu sobremaneira. Uns calculam 30.000 membros; outros acham que foram muito mais. Até meados do III século na Itália havia cerca de 100 bispos. Com a expansão rápida do cristianismo que ocorreu nas últimas décadas daquele século, calcula-se que quase toda a cidade no centro-sul e na Sicília tinham um núcleo de cristãos. A penetração do norte da Itália foi bem mais lenta e veio da Dalmacia e regiões ao leste.

A Espanha, embora romanizada antes da África, foi muito mais lenta em receber o Evangelho. No III século o cristianismo parece firmemente estabelecido no sul, nas cidades costeiras.



Avanço do Cristianismo ao Leste Além dos Limites do Império Romano.



A tradição indica que Tomé foi aos Partos e a Índia; Mateus a Etiópia; Bartolomeu a Índia e André aos citos.



Edessa estava localizada nas grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas da Armênia ao norte e os desertos da Síria ao sul. Até o fim do II século estava fora do império romano e dentro da esfera da influência dos Partos. A sucessão de bispos remonta a fins do II século. Embora centro de cultura grega, o cristianismo de Edessa era siríaco. No início do III século poucas cidades continham mais crentes que Edessa. Até o fim do século parece que ela estava predominantemente cristã. Edessa parece ter sido o ponto donde o evangelho penetrou mais na Mesopotâmia e até os limites da Pérsia.



As antigas religiões da Babilônia e da Assíria estavam em desintegração e não ofereceram muita oposição ao cristianismo. A oposição surgiu principalmente do zoroastrismo que mais tarde se tornou a religião do Estado persa (meados do III século).

Os primeiros convertidos aparecem cerca de 100 a.D. Até o fim do primeiro quartel do III século havia mais de 20 dioceses na Mesopotâmia.



No leste o cristianismo não só não teve os mesmos êxitos que conseguiu no império, como também eventualmente quase desapareceu. Isto possivelmente se deva a três razões: A política religiosa dos Sassanidas (dinastia persa) que favoreceu o zoroastrismo.

A forte hierarquia deste com o apoio da monarquia levantou uma forte resistência ao cristianismo. Também o próprio êxito do cristianismo no império, após sua adoção por Constantino, o tornou a religião do inimigo principal dos persas. E por último, a forma herética em que o cristianismo foi pregado.



Século I - Cronologia

6 ou 4 a.C. - Nascimento de Jesus Cristo
2 a.C. - Nascimento de Paulo, conhecido como o Apóstolo dos Gentios
26 - Início do Ministério de João Batista (primo de Jesus)
26 a 30 - Ministério de Jesus Cristo
30 - Herodes Antipas manda decapitar João Batista
30 - Morte e Ressurreição de Jesus Cristo
30 - Dia de Pentecostes
36 - Martírio de Estevão
37 - Conversão de Paulo
41 - Em Antioquia pela 1ª vez utiliza-se o termo "cristãos"
44 - Martírio em Jerusalém do apóstolo Tiago, o maior
45 a 48 - 1ª Viagem Missionária de Paulo
45 a 50 - Tiago, irmão de Jesus, escreve a Epístola de Tiago
49 - Concílio de Jerusalém: a salvação é pela fé e não pela Lei
49 a 52 - 2ª Viagem Missionária de Paulo
49 ou 52 - Paulo escreve a Epístola aos Gálatas
50 - Mateus escreve o primeiro dos 4 Evangelhos ( Evangelho de Mateus)
51 - Paulo escreve a Epístola aos Tessaloniscences
51 - Paulo escreve a 2ª Epístola aos Tessaloniscences
53 a 58 - 3ª Viagem Missionária de Paulo
56 - Paulo escreve a Epístola aos Romanos
56 - Paulo escreve a Epístola aos Coríntios
57 - Paulo escreve a 2ª Epístola aos Coríntios
58 - Prisão de Paulo: de Jerusalém é transferido para Roma
60 - Lucas escreve o Evangelho de Lucas
60 - Lucas escreve o livro Atos dos Apóstolos
60 - Na prisão, Paulo escreve:Epístola aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e Filemon
63 - Tiago, irmão de Jesus, morre apedrejado em Jerusalém
64 - Paulo escreve a 1ª Epístola a Timóteo
64 - 1ª perseguição geral aos cristãos: Nero ateia fogo em Roma e culpa cristãos
65 - Pedro escreve a 1ª Epístola de Pedro
65 - Paulo escreve a Epístola a Tito
66 - Pedro escreve a 2ª Epístola de Pedro
67 - Paulo escreve a 2ª Epístola a Timóteo
68 - João Marcos escreve o Evangelho de Marcos
68 - Judas, irmão de Jesus, escreve a Epístola de Judas
68- É escrito a Epístola aos Hebreus
85 a 90 - O Apóstolo João escreve a 1ª Epístola de João
85 a 90 - O Apóstolo João escreve a 2ª Epístola de João
85 a 90 - O Apóstolo João escreve a 3ª Epístola de João
85 a 90 - O Apóstolo João escreve o Evangelho de João
95 - Em Patmos João tem uma visão e escreve o Livro do Apocalipse (ou o Livro da Revelação)



Século I - Adendos Importantes
1ª Viagem Missionária de Paulo
2ª Viagem Missionária de Paulo
3ª Viagem Missionária de Paulo


A ERA SOMBRIA

A última geração do primeiro século, a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamamos de "Era Sombria", em razão de as trevas da perseguição estarem sobre a igreja, e a falha de muitas informações sobre este período.

Razões das Perseguições da Igreja



Ao longo dos primeiros três séculos do cristianismo havia tanto competição entre as religiões como o espírito de tolerância. Embora nunca tomaram recursos de armas para se defenderem, os cristãos foram o único elemento social perseguido por período prolongado



A falta de participação em festas e ritos idolatras dos templos bem como sua hostilidade a outras religiões levou o mundo da época a considerar os cristãos ateus e inimigos dos deuses. Também os cristãos passaram a se reunir de noite e em segredo e começaram a mostrar afeição uns pelos outros. Ao mesmo tempo celebravam a ceia do Senhor (comer o sangue e o corpo de Jesus) , o que deu margem às acusações de antropofagia ou canibalismo.



Assim durante década foi lhes atribuído as seguintes acusações: ateísmo, licenciosidade e canibalismo.



O cristianismo chocou as sensibilidades dos filósofos e mais educados justamente pelo entusiasmo de seus adeptos. Pior, entraram em conflito com os vendedores de ídolos e os comerciantes da idolatria. Trouxe assim contra eles a má vontade duma classe poderosa.

O Paganismo em suas práticas aceitava as novas formas e objetos de adoração que iam surgindo, enquanto o Cristianismo rejeitava qualquer forma ou objeto de adoração.

A adoração aos ídolos estava entrelaçada com todos os aspectos da vida. As imagens eram encontradas em todos os lares, e até em cerimônias cívicas, para serem adoradas. Os cristãos, é claro, não participavam dessas formas de adoração. Por essa razão o povo considera os cristãos como " Anti-social e ateus que não tinham deuses.

A adoração ao Imperador era considerada como prova de lealdade. Havia estátuas dos imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Os cristãos recusavam-se a prestar tal adoração.

As reuniões secretas dos cristãos despertaram suspeitas de praticarem atos imorais e criminosos durante a celebração da Santa Ceia, pois eram vetada a entrada dos estranhos.

O Cristianismo considerava todos os homens iguais. Não havia distinção entre seus membros, nem em suas reuniões, por isso foram considerados como " niveladores da sociedade ", portanto anarquistas, perturbadores da ordem social.



Perseguição sob Nero

Nero chegou ao poder em 54.Todos os que se opunham à sua vontade, ou morriam ou recebiam ordens de se suicidar.

Assim estavam as coisas quando em 64 AD aconteceu o incêndio em Roma. Diz-se que foi Nero quem ateou fogo à cidade, Contudo essa acusação ainda é discutível. Entretanto a opinião pública responsabilizou Nero por esse crime. Afim de escapar dessa responsabilidade, Nero apontou os cristãos como culpados do incêndio de Roma, e moveu contra eles tremenda perseguição. O fogo durou seis dias e sete noites e depois voltou a se acender em diversos lugares por mais três dias.

- Milhares de cristãos foram torturados e mortos.

- Muitos serviram de iluminação para a cidade, amarrados em postes e ateado fogo.

- Muito foram vestidos com peles de animais e jogados para os cães.

- Nesta época morreram :

- Pedro - Crucificado em 67

- Paulo - Decapitado em 68

- Tiago - Apedrejado depois de ser jogado do alto do templo

Além de matá-los fê-los servir de diversão para o público.



Durante esses dias milhares de cristãos foram mortos, especialmente em Roma e em toda a Itália.
Nesta época o apóstolo João, que vivia em Éfeso, estava preso e exilado na ilha de Patmos, quando recebeu a revelação do Apocalipse.

AS PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS

Este período vai da morte do Apóstolo João, ano 100 AD até o Edito de Constantino, ano 313 AD.

O fato de maior destaque na História da Igreja neste período foi, sem dúvida, as perseguições realizadas pelos Imperadores Romanos. Estas perseguições duraram até o ano 313 AD, quando Constantino, o primeiro Imperador Romano, " cristão ", fez cessar todos os propósitos de destruir a Igreja.

A de ressaltar que durante este período houve épocas em que as perseguições foram mais amenas.

No início do segundo século, os cristãos já estavam radicados em quase todas as nações, e alguns crêem que se estendia até a Espanha e Inglaterra. O número de membros da comunidade cristã subia a muitos milhões. A famosa carta de Plínio ( Governador da Bitínia - hoje Turquia ) ao Imperador Trajano, declara que os templos dos deuses estavam quase abandonados, enquanto os cristãos em toda parte formavam uma multidão, e pertenciam a todas classes , desde a dos nobres, a até a dos escravos.

Os Perseguidores

Imperador Trajano 98 a 117 AD - Estabeleceu a Lei, que sendo o cristão acusado de qualquer coisa, e não negando a fé, seria castigado. Mandava crucificar e lançar às feras.

Imperador Adriano 117 a 138 AD - Morreu em agonia, gritando, " Quão desgraçado é procurar a morte e não encontrar ".

Imperador Marco Aurélio 161 a 180 AD - Mandava decapitar e lançar às feras. Apesar de possuir boas qualidades como homem e governante justo, contudo foi acérrimo perseguidor dos cristãos. Opunha-se, pois, aos cristãos por considerá-los inovadores. Milhares foram decapitados e devorados pelas feras na arena. Os Imperadores acima mencionados, foram considerados como os " bons imperadores ", nenhum cristão podia ser preso sem culpa definida e comprovada. Contudo, quando se comprovava acusações e os cristãos se recusavam a retratar-se, os governantes eram obrigados, a por em vigor a lei e ordenar a execução.

Comodus (180-193) Foi o imperador mais favorável aos cristãos que todos os anteriores.



Imperador Severo 193 a 211 AD - Mandava decapitar e lançar às feras. Iníciou uma terrível perseguição que durou até à sua morte em 211 AD. Possuía uma natureza mórbida e melancólica; era muito rigoroso na execução da disciplina. Tão cruel fora o espírito do imperador, que foi considerado por muitos como o anticristo.

Imperador Décio 249 a 251 AD - Décio observava com inveja o poder crescente dos cristãos, e determinou reprimi-lo. Via as igrejas cheias enquanto os templos pagãos desertos. Por conseqüência, mandou que os cristãos tinham que se apresentar ao Imperador para comunicar e religião. Quem renunciava recebia um certificado, que não renunciava era considerado criminoso e conduzidos às prisões e sujeitos às mais horrorosas torturas.

Galenius (260-268) Não houve mais perseguições até o período de Diocleciano

Imperador Diocleciano 305 a 310 - A última, a mais sistemática e a mais terrível de todas as perseguições deu-se neste governo. Em uma série de editos determinou-se que : - Todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. - Todos os templos construídos em todo o império durante meio século, fossem destruídos. - Todos os pertencentes as ordens clericais fossem presos. - Ninguém seria solto sem negar o Cristianismo. - Pena de morte para quem não adorasse aos deuses. Prendiam os cristãos dentro dos templos e depois ateava fogo. Consta que o imperador erigiu um monumento com esta inscrição " Em honra ao extermínio da superstição cristã ".

Os Principais Mártires

Inácio Provável discípulo de João, bispo em Antioquia, foi condenado no ano 107 AD por não adorar a outros deuses. Foi morto como mártir, lançado para as feras no anfiteatro romano, no ano 108 ou 110 enquanto o povo festejava. Ele estava disposto a ser martirizado, pois durante a viagem para Roma escreveu cartas às igrejas manifestando o desejo de não perder a honra de morrer por seu Senhor.

Policarpo Bispo em Esmirna, na Ásia Menor, morreu no ano 155. Ao ser levado perante o governador, e instado para abandonar a fé e negar o nome de Jesus, assim respondeu: " Oitenta e seis anos o servi, e somente bens recebi durante todo o tempo, Como poderia eu agora negar ao meu Salvador ? Policarpo foi queimado vivo.

Justino Mártir Era um dos homens mais competentes de seu tempo, e um dos principais defensores da fé. Seus livros, que ainda existem, oferecem valiosas informações acerca da vida da igreja nos meados do segundo século. Seu martírio deu-se em Roma, no ano 166.

Os Efeitos Produzidos pelas Perseguições

As perseguições produziram uma igreja pura pois conservava afastados todos aqueles que não eram sinceros em sua confissão de fé. Ninguém se unia à igreja para obter lucros ou popularidade. Somente aqueles que estavam dispostos a ser fiéis até a morte, se tornavam publicamente seguidores de Cristo.

A Igreja multiplicava-se. Apesar das perseguições ou talvez por causa delas, a igreja crescia com rapidez assombrosa. Ao findar-se o período de perseguição, a igreja era suficientemente numerosa para constituir a instituição mais poderosa do império.

O fato de serem de curta duração criou as condições pelas quais "o sangue dos mártires foi a semente da Igreja" As perseguições universais, mostraram que a igreja estava "gorda" nestes séculos, e a perseguição intensa, universal e demorada arrasou a Igreja. Muitos negaram a fé, outros tantos forma exilados do império. Mesmo assim a lista daqueles que deram sua vida pela fé nas perseguições de Décio a Diocleciano foi muito grande. A Igreja conseguiu sobreviver e crescer ainda mais devido à relativa paz de 40 anos entra as duas perseguições e o Edito de Milão.



O Crescimento e a Expansão da Igreja

O crescimento e a expansão da Igreja foi a causa da organização e da disciplina. A perseguição aproximou as Igrejas e exerceu influência para que elas se unissem e se organizassem. O aparecimento da heresias impôs, também, a necessidade de se estabelecerem alguns artigos de fé, e, com eles, algumas autoridades para executá-las.

Outra característica que distingue esse período é sem dúvida, o desenvolvimento da doutrina. Na era apostólica a fé era do coração, uma entrega pessoal a vontade de Cristo. Entretanto no período que agora focalizamos, a fé gradativamente passara a ser mental, era uma fé do intelecto, fé que acreditava em um sistema rigoroso e inflexível de doutrinas. O credo Apostólico, a mais antiga e mais simples declaração da crença cristã, foi escrito durante esse período.

Nesta época surgiram três escolas teológicas. Uma em Alexandria, outra na Ásia Menor e outra na África. Os maiores vultos da historia do Cristianismo passaram por essas escolas: Orígenes, Tertuliano e Cipriano.



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